Clínicas privadas complementam os serviços públicos e proporcionam um acesso mais amplo à vacinação.
A colaboração entre clínicas privadas e o sistema de saúde pública na distribuição de vacinas tem apresentado resultados notáveis no fortalecimento do combate a doenças infecciosas. Segundo o DataSus, em 2022 a cobertura vacinal foi de 67,94%, ou seja, de 214 milhões de habitantes, 150 milhões foram vacinados. Dessas doses, a expectativa da Associação Brasileira das Clínicas de Vacinas era de que fossem imunizadas 8 milhões de pessoas na rede privada.
Um dos resultados mais significativos é a melhoria das taxas de cobertura vacinal em clínicas privadas. A Saúde Livre Vacinas, maior rede de vacinas do país, registrou um aumento de 50% nas taxas de imunização em comparação a 2021, com 150 mil doses aplicadas em 2022. Isso é crucial para prevenir surtos de doenças que poderiam afetar gravemente a saúde pública e sobrecarregar os sistemas hospitalares.
“Hoje, o maior desafio que enfrentamos é a desinformação. Por conta dela, doenças como o sarampo, que havia sido erradicado no país, acabaram voltando. Apesar disso, após a pandemia da Covid-19, percebemos que as pessoas buscam por informações, e a maioria delas entende que vacina é uma questão de saúde pública e não apenas uma escolha individual ”, explica Rosane Argenta, CEO da Saúde Livre Vacinas.
De acordo com o Ministério da Saúde, as vacinas disponíveis no Sistema Único de Saúde evitam mais de 20 doenças, incluindo sarampo, caxumba, rubéola, poliomielite, difteria, tétano, hepatite B, rotavírus, meningites, pneumonias e febre amarela.
Através dessa colaboração, clínicas privadas têm fornecido uma alternativa conveniente para a população buscar a imunização contra diversas enfermidades, incluindo as que fazem parte dos programas de vacinação do sistema público de saúde. Essa abordagem tem o benefício de atingir parte da população que não integra o grupo vacinal prioritário do SUS, ou até mesmo aplicar imunizantes que não são fornecidos pelo Estado, como a Pneumo 13 (que protege contra a bactéria Streptococcus pneumoniae, causadora de Meningite, Sepse, Bacteremia, Pneumonia e Otite média), a Meningo ACWY (que protege contra as meningites dos tipos A, C, W e Y) e a Meningo B (que protege contra a meningite do tipo B).
Além disso, algumas das recentes inovações no campo da vacinação também podem chegar antes nas clínicas particulares, como aconteceu com o recente lançamento da vacina contra o Herpes Zoster e a nova vacina contra a Dengue. Agora, no mês de setembro, também chega nas clínicas particulares a aguardada vacina contra pneumonia, que oferece uma proteção abrangente contra 15 sorotipos de pneumococos.
Enquanto o SUS é responsável pela oferta gratuita de vacinas em postos de saúde, as clínicas particulares podem complementar esse serviço fornecendo vacinas de ampla cobertura e tecnologias diferenciadas. A colaboração entre essas duas esferas permite ampliar o acesso à vacinação e melhorar a cobertura da população, além de aliviar a demanda sobre os centros de saúde públicos, permitindo que eles concentrem seus esforços e recursos em outras áreas essenciais.
“As clínicas particulares de vacinação desempenham um papel crucial no fortalecimento da rede pública de saúde, oferecendo opções adicionais de imunizantes e horários flexíveis para atender às necessidades individuais. Nós conseguimos chegar em uma camada da população que às vezes o SUS não chega”, conta Rosane.
No entanto, é importante ressaltar que as clínicas privadas devem ser regulamentadas de maneira adequada. Nesse sentido, é necessário seguir os protocolos de segurança, qualidade e transparência para garantir que a distribuição de vacinas ocorra de forma eficiente e que todas as partes envolvidas estejam comprometidas com os melhores padrões médicos e éticos.
“A pandemia deu holofote a um tema de saúde pública. Desde então, as pessoas começaram a entender sobre o assunto e a falar a esse respeito em conversas entre amigos. E algumas pessoas viram a possibilidade de ganhar dinheiro com isso. É preciso entender que empreender com saúde é algo sério. A Saúde Livre tem mais de 10 anos de atuação no mercado, vamos chegar esse ano à nossa centésima unidade e seguimos rigorosamente todas as regras estabelecidas pelos órgãos reguladores”, continua Rosane.
Com 150 mil doses sendo aplicadas anualmente, a Saúde Livre tem a meta de chegar à imunização de 1% da população brasileira. Alcançar esse objetivo requer aplicar 1,5 milhão de doses anuais. Para isso, a rede enfrenta o desafio de inaugurar mais 150 clínicas, a fim de complementar as 100 que já estarão operando até o término deste ano.
Por assessoria de imprensa
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