O confinamento de bovinos no Brasil cresceu dez vezes nos últimos anos. Levantamento da Associação Nacional dos Confinadores (Assocon) mostrou que, em 2008, pouco menos de 700 mil cabeças foram levadas ao cocho, número que saltou para 7.000.000 de cabeças, em 2022, segundo dados de benchmarking de grandes empresas do setor.
No mesmo período, o ganho médio diário (GMD) evoluiu de uma faixa de 1,060 kg/dia (Bianchini et al. 2008) para 1,660 kg/dia, registrados nas dependências da MFG Agropecuária, grupo que possui seis confinamentos espalhados pelo país e já levou ao abate mais de 2 milhões de bovinos, tendo alguns lotes, filhos de touros com Índice Frigorífico, atingido 2kg/dia.
Um crescimento deste nível não surge do acaso, é fruto de investimento em tecnologias de última geração, ferramentas de gestão, logística, manejo, nutrição, genética e sanidade. Isso foi comprovado por quem visitou a ExpoSerra, de 6 a 10 de setembro, em Tangará da Serra (MT), onde o grupo comemorou 16 anos de história, em parceria com a Marfrig, líder mundial na venda de hambúrgueres, e Agropecuária Jacarezinho, líder na venda de touros Nelore CEIP.
“O sistema de confinamento evoluiu muito e podemos dizer que hoje a MFG Agropecuária é uma grande aliada da pecuária brasileira, ao torná-la mais intensiva e lucrativa, além de melhorar a qualidade da carne bovina para o consumidor final”, afirma Vagner Lopes, gerente corporativo de Confinamento Sênior da MFG Agropecuária.
Segundo ele, especialmente nos últimos cinco anos, o grupo atingiu um desempenho fora da curva, apresentando GMD, rendimento de carcaça e eficiência biológica acima da média – veja a figura. “A eficiência biológica representa quantos quilos de matéria seca o animal precisou comer para produzir uma arroba. Quanto menos ele comer, melhor é”, explica o gerente, informando ainda que, nos últimos quatro anos, a empresa saltou de 83 mil cabeças confinadas, em 2018, para 215 mil, em 2022.
Dieta do confinamento
Os confinamentos da MFG Agropecuária estão entre os mais modernos do mundo, a começar pela nutrição. Trabalham com três tipos de dieta, sendo duas para adaptação ao sistema intensivo e uma específica para terminação, quando o teor de volumoso é reduzido para 7%. A ração varia conforme a região.
No estado do Mato Grosso, por exemplo, são fornecidos DDG, gérmen de milho, torta de algodão, melaço de soja, milho reidratado e silagem de milho ou milheto. Um funcionário de moto é quem faz a leitura de cocho durante o dia e à noite, mas drones estão sendo testados na realização desta tarefa.
Pesquisas
Na Fazenda São Marcelo (Mato Grosso) ficam os cochos e bebedouros eletrônicos que monitoram a alimentação em tempo real. Nesta unidade são concentradas as pesquisas com aditivos naturais que permitem à MFG Agropecuária a substituição gradual dos antimicrobianos, além da mitigação de gases de efeito estufa.
Também é onde está sendo conduzido um experimento inédito no qual o gado é exposto à luz artificial no início da noite, com o objetivo de medir o impacto no consumo alimentar dos bovinos, como é feito na avicultura, mas ainda não há resultados conclusivos.
Pesagem 3D
Também está em processo de validação o que de mais avançado existe na pesagem bovina: as câmeras 3D. Com conexão bluetooth e wi-fi, o módulo “BF-109” - composto por três câmeras tridimensionais, um projetor de raios infravermelhos e um leitor RFID (para conexão com brincos eletrônicos) - foi instalado próximo dos bebedouros, onde os animais passam 30 vezes por dia. A margem de erro atual é de apenas 2% e o equipamento identifica sexo, idade e raça.
Gestão de propriedade
Além de toda a tecnologia empregada, um outro diferencial da MFG Agropecuária está na gestão de dados para a tomada de decisão. A propriedade utiliza um painel de “BI” (Business Intelligence), chamado SigAgro, para emitir relatórios detalhados dos lotes e eles poderão ficar ainda mais completos após a integração com as câmeras de pesagem.
Quinze indicadores de nutrição, desempenho zootécnico, sanidade e operacionais são acompanhados de perto. Todos eles possuem metas, o que permite melhorar continuamente os resultados do confinamento, além de identificar os gargalos de cada unidade. Funciona como um Benchmarking interno do grupo.
“As ferramentas gerenciais que usamos evitam a ‘comoditização’ do serviço de engorda, diferenciando-nos no mercado. Procuramos sempre municiar o pecuarista com informações exclusivas sobre o desempenho de seus animais”, explica Lopes.
Bem-estar animal
Dependendo da unidade, há uma maior arborização ou uso de sombrites, coçadores e aspersores são utilizados para controle da poeira. Em todas as plantas os cochos são cobertos e os bovinos confinados passam por um rigoroso controle sanitário. Animais recém-chegados de distâncias superiores a 300 km recebem isotônico na água para se recuperarem do transporte.
Tendência crescente no confinamento
Quando iniciou as atividades, o grupo trabalhava apenas com animais próprios, atualmente 96% pertencem a pecuaristas parceiros. “Cada vez mais o produtor encontra na MFG um parceiro para desafogar a pastagem em momentos estratégicos e qualificar o animal para o recebimento de premiações”, ressalta Vanderlei Finger, gerente geral de Compra de Gado da MFG. São quatro tipos de parceria: 1) compra direta; 2) diária; 3) arrobas produzidas e 4) quilos de matéria seca consumida.
Conheça todas as unidades da MFG no site https://mfgagropecuaria.com.br/
Por assessoria de imprensa
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