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Quase 60% dos brasileiros acreditam que sexo casual pode levar ao amor

  • Foto do escritor: Brasil Cotidiano
    Brasil Cotidiano
  • 18 de mar.
  • 3 min de leitura

Pesquisa feita pelo Sexlog com 29 mil pessoas revela que 85% delas já tiveram esse tipo de relação

Crédito da foto:Divulgação
Crédito da foto:Divulgação

O sexo casual é uma prática comum e cada vez mais aceita. Segundo levantamento do Sexlog , a maior rede social de sexo e swing do Brasil, dos mais de 29 mil entrevistados, 85% já tiveram relações desagradáveis, sendo que 87% afirmam se sentir satisfeitos e felizes após a experiência. Mas essa liberdade sexual está, de fato, associada ao bem-estar e à autoestima?


A terapeuta sexual Thais Plaza explica que a relação entre sexo casual e autoestima depende de diversos fatores, como a forma como cada pessoa se relaciona com seu próprio corpo, desejos e limites. "O sexo casual por si só não é algo que fortalece ou diminui a autoestima de alguém. O que realmente faz a diferença é a consciência que essa pessoa tem sobre suas experiências. Para quem vê o sexo casual como uma forma livre e espontânea de prazer, essa prática pode ser altamente positiva. No entanto, para aqueles que criam expectativas ou sentem frustração ao não desenvolver um vínculo emocional, a experiência pode ser um gatilho para inseguranças", afirma.


As motivações para o sexo casual


De acordo com os dados do Sexlog , a principal motivação para o sexo casual é o prazer e a diversão (88%). No entanto, 8% dos segurados afirmaram buscar uma conexão emocional momentânea, o mesmo número se repete entre aqueles que veem essa prática como uma alternativa à falta de um relacionamento fixo. A terapeuta sexual reforça que é essencial alinhar expectativas e praticar a autorresponsabilidade afetiva: "O importante é perceber se existe coerência entre o que uma pessoa deseja e o que ela vive. Dessa forma, a experiência pode ser mais positiva e menos frustrante".


Para a CMO do Sexlog, Mayumi Sato, os resultados da pesquisa mostram que o sexo casual se tornou mais aceito socialmente, com 66% dos entrevistados afirmando que há uma facilidade maior hoje do que anos atrás. “Vivemos uma era de mais liberdade sexual e menos tabus, e o sexo casual faz parte dessa mudança de mentalidade. Mas para que ele seja uma experiência prazerosa, é essencial que os envolvidos estejam na mesma sintonia e consciência de seus desejos”, comenta.


Os usuários da plataforma também analisaram suas experiências e percepções sobre encontros casuais. Cah*, que está no meio liberal há oito anos, relata que o sexo casual faz parte do estilo de vida dela e pode, eventualmente, evoluir para algo mais sério. “Depende de muitos fatores, mas, no geral, sexo casual é sempre bem-vindo”, diz. Já Amynus*, ressalta que, apesar de ser uma experiência prazerosa, algumas pessoas buscam mais fazer que apenas troca de prazer. “O problema é que muita gente quer algo a mais, o que deveria acontecer naturalmente”, afirma.


O envolvimento emocional, aliás, é um ponto de atenção. Para 57% dos entrevistados, o sexo casual pode, às vezes, levar sentimentos mais profundos. Daniel* viveu isso na prática: depois de anos de amizade, ficou com uma amiga e, apesar de deixar claro que não queria envolvimento, ouvi que ela criou sentimentos inesperados. “Ela disse que não se apaixonaria, mas depois começou a sofrer com a situação, então precisoi me afastar”, conta.


Diferentes percepções entre as gerações


Outro ponto relevante é a diferença geracional e de gênero na percepção sobre sexo casual. Segundo a pesquisa do Sexlog, os mais jovens, especialmente aqueles entre 18 e 25 anos, veem o sexo casual como algo natural e inseriram no contexto de liberdade sexual, com 72,4% dessa faixa etária afirmando que não associam a prática a culpa ou reclamação. Já entre os entrevistados acima dos 45 anos, 39,1% disseram que, apesar de praticarem, ainda sentem resquícios de julgamento social.


Mulheres enxergam melhora na autoestima


Em relação ao gênero, 68,3% das mulheres afirmaram que o sexo casual melhorou a autoestima e o autoconhecimento, enquanto entre os homens, esse percentual sobe para 74,5%, sendo que muitos associaram a prática a uma reafirmação de sua sexualidade. Esses dados mostram que, apesar da crescente acessibilidade, diferentes fatores influenciam a forma como cada grupo enfrenta o sexo casual.


A pesquisa do Sexlog indica que, para a maioria, o sexo casual é uma experiência positiva. Mas o segredo para que ele funcione sem lamentações ou frustrações é na clareza de interesse, na responsabilidade afetiva e na liberdade para vivê-lo sem culpa ou imposições sociais. Afinal, como aponta Thais Plaza, “o empoderamento surge quando uma pessoa entende que tem o direito de viver o próprio prazer sem justificativas ou culpas”.


Por assessoria de imprensa.

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