Dr. Flávio Arbex, pneumologista, explica os riscos do cigarro eletrônico e por que ele pode causar mais danos do que o tabagismo tradicional
O uso de cigarros eletrônicos, popularmente conhecidos como vapes, cresce em ritmo acelerado, especialmente entre os jovens. No entanto, estudos recentes apontam que, em apenas um ano de uso, os consumidores podem ter até seis vezes mais nicotina no organismo do que fumantes tradicionais de longo prazo. Segundo o pneumologista Dr. Flávio Arbex, a falsa sensação de segurança do vape pode estar colocando a saúde de milhões de pessoas em risco.
"O cigarro eletrônico é visto por muitos como uma alternativa 'menos prejudicial' ao cigarro convencional, mas isso não é verdade. O vape contém concentrações altíssimas de nicotina e outras substâncias tóxicas, tornando a dependência ainda mais intensa e aumentando os danos ao organismo", explica o médico.
Diferente do cigarro tradicional, que queima o tabaco para liberar nicotina, o vape funciona através da vaporização de um líquido que pode conter altas doses da substância. "Além da nicotina, os cigarros eletrônicos contêm produtos químicos que podem causar inflamações pulmonares, doenças cardiovasculares e até câncer. Muitas dessas substâncias são inaladas diretamente para os pulmões, o que agrava ainda mais os riscos", alerta Dr. Flávio.
Outro perigo é a forma como o vape é consumido. Enquanto um cigarro comum tem uma quantidade fixa de nicotina por unidade, os cigarros eletrônicos permitem que o usuário fume continuamente, sem perceber o excesso de nicotina ingerido. Isso pode levar a quadros graves de dependência, ansiedade, insônia e até intoxicação por nicotina.
"A longo prazo, os impactos do vape podem ser tão ou mais devastadores que os do cigarro convencional. Quem quer parar de fumar deve buscar ajuda médica e não substituir uma dependência pela outra", conclui o pneumologista
Por assessoria de imprensa.
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